diveros 4
Aula 3 2º bimestre 1º ano : situação de aprendizagem 1 volume 2 introdução à Filosofia da Ciência
Bloco1:
Todos os homens vivos respiram.
Meu irmão é um homem vivo.
Portanto meu irmão respira.
BLOCO 2
Meu irmão respira.
Meu irmão é um homem vivo.
Portanto, todos os homens vivos respiram.
Nas três primeiras frases, organizadas no bloco 1 , temos um clássico exemplo de dedução válida, enquanto nas três últimas frases do bloco 2 , vemos outro de dedução inválida ou indução.Qual a diferença? Para a lógica a primeira situação é válida, não há nenhum problema, pois a conclusão depende das inferências e nada mais. Ela é analítica, depende apenas do que foi dito. Parte do universal ao particular.
No segundo caso o argumento não está completo: pois as duas afirmações não permitem afirmar de forma generalizada que todos os homens respiram. O argumento é inválido, porque a conclusão toma por verdade apenas uma possibilidade: por mais verdadeiras que sejam as inferências, a conclusão não pode ser verdadeira.
Para muitos filósofos, na ciência, a dedução toma o seguinte sentido: temos um conhecimento teórico e por ele agimos, ou por ele conhecemos as dimensões do mundo. Por exemplo, a lei da gravitação de Newton diz que todos os corpos se atraem segundo uma força derivada de suas massas e sua distância. Desse modo, quando um objeto qualquer cai, na verdade ele foi atraído pelo planeta.
Por dedução, podemos dizer que os objetos como a bolsa, são atraídos pelo planeta; por isso de alguma forma acreditamos que tudo cai, porque sabemos que há uma lei da gravidade e, com ela podemos prever um acontecimento.
Aula 4 2º bimestre 1º ano: por uma visão critica da ciência
Com base na observação de um grande número de experiências, por meio dos cinco sentidos, cria-se uma lei ou teoria, ao se repetirem as condições enunciadas nessa lei, pode-se prever um acontecimento.
Isso garantiria a objetividade do conhecimento científico isto é, ele não dependeria da opinião das pessoas, mas poderia ser comprovado por todos os seres humanos.
Com a indução parte-se do particular para o universal; esse conceito utiliza a generalização para criar leis e teorias científicas.
Com as leis e as teorias científicas, é possível, por meio da dedução, prever e explicar acontecimentos.
Sabemos que a ciência é sem dúvida uma atividade racional e, por isso, se vale das regras da lógica para fundamentar seus conhecimentos. No entanto, a indução não parte das regras da lógica para se legitimar. Ela parte da experiência. A experiência pode parecer racional, mas não é, pois está envolvida com os sentidos e não com o raciocínio.
O que aconteceria se a lei ou a teoria falhassem? Nada na natureza tem o dever de seguir nossas leis cientificas. Por isso, se um dia o Sol se puser e, outro, não amanhecer, o que impediria a ocorrência? Ora as leis da natureza são as interpretações que fazemos dela. Cada princípio científico pode ser contrariado pela natureza porque não é fundamentado pela razão, mas pela experiência. Nos prevemos, como se fosse um hábito psicológico.
O que garante que ao soltar um lápis ele vai cair? A lógica não pode garantir isso; afinal ela trata de palavras e conhecimentos, e não da realidade. A experiência é sempre única, e a queda de um lápis não tem relação com a queda de outro. Em resumo, nada garante que o lápis vai cair. Por isso quando pensamos que a ciência é uma garantia de verdade, estamos tendo uma visão não critica da ciência.
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