A farsa da manifestação

As manifestações contra o Estado de Direito
Antes de mais nada, apesar de não ser favorável a manifestação ocorrida no dia 30 de junho de 2019, ou em outras palavras a manifestação de ontem, defendo o direito de todos os grupos exercerem seu direito democrático de expressarem seus anseios e suas posições, o que não me entra em minha  cabeça é, grupos  pedirem a intervenção militar.
Agora vamos aos fatos:
Os grupos que organizarem as manifestações estiveram presentes em cerca de 88 cidades para manifestarem sua insatisfação aos ataques sofridos a Operação Lava Jato.
Os movimentos que organizaram as manifestações são ligados a movimentos  de direita, os mesmo que  nos movimentos pró impeachment da presidente Dilma pela acusação de dar as famosas pedaladas fiscais.
  As manifestações como é de conhecimento de todos nós, pelo menos acredito, foram convocadas com o objetivo de defender o senhor ministro da justiça do governo Bolsonaro Sérgio Moro.
O ex juiz Moro que é idolatrado por parte significativa da população, por ser considerado o alicerce, a base, o patrimônio, aquele que vai combater a corrupção com todo o empenho e justiça, para aqueles que o defendem, que não é o meu caso, homens com poder político não devem ser idolatrados,  tem  sofrido um viés, sua imagem tem sofrido uma queda, devido as denúncias  ocorridas nas ultimas semanas devido a supostos diálogos com a equipe de promotores da Lava Jato.
Os manifestantes porém, assim como ocorreu nas manifestações ocorridas no dia 26 de maio, aproveitaram para manifestar-se contra o Congresso Nacional e o Supremo, e o pior claramente influenciados pelo presidente e por parte dos extremistas que compõe o seu governo.
Um ponto ruim da manifestação foram os ataques contra as instituições, ou seja, aos outros dois poderes, os ataques ao Congresso e ao Supremo, são um desrespeito ao regime democrático, peço aos que defendem o fechamento do Congresso e do Supremo, que realizem a leitura do livro O Espírito das Leis de Montesquieu e a necessidade da existência da separação dos poderes.
Bolsonaro e os bolsonaristas, parecem ter o desejo de ter em suas mãos a concentração dos poderes, ou seja, legislar, executar e julgar, o pleno poder, quer ser um rei absolutista, um ditador, enfim criar um Estado Soberano onde ele seria o Leviatã.
Nessas manifestações o que mais me deixa louco, é a defesa da intervenção militar, é algo descabido, algo além da imaginação, surreal, inaceitável.
O significado político da manifestação, trouxe no meu entendimento um certo enfraquecimento, não foi como os organizadores esperavam, isso não que dizer que ele foi um fracasso e muito menos um sucesso, acredito que no fundo tiveram uma decepção.
O que vimos ontem foi uma manifestação popular que é válida, toda manifestação é válida, porém com já disse anteriormente toda manifestação pode ser criticada, o que vimos ontem foi na verdade, como foi citado pelo professor Vila, foi o primeiro ato da campanha da reeleição daquele que  se  elegeu afirmando ser contrário a reeleição.

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